domingo, agosto 05, 2012

Duas formas de viver


Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:14

Deus estabeleceu duas formas de viver, pela graça e pela lei. O estado de graça, desfrute, de Éden (prazer), foi concebido por Deus (Trindade) muito antes de tudo existir. Pense um pouco sobre o aspecto de que Deus É. Ele(s) nunca se criou, mesmo que mutuamente, não evoluiu, nem mesmo é imaginável. Deus É, em essência. Seria impossível ao homem – húmus: terra, barro, pó molhado – imaginar ou conceber um ser tão complexo, a menos que esse mesmo Ser o dê vida e imaginação para isso. Vendo assim, ouso criar a expressão “Eismo”, por não julgar o termo existência apropriado a Ele, pois nos dá uma impressão de tempo, de período, de início e fim. Ele mesmo se definiu assim: “Eu Sou”. Portanto, em seu “Eismo”, Deus já havia determinado que teria um ser com quem se relacionar, com quem através de quem revelar sua glória, seu reino, seu poder e majestade. Somos expressão, obra, manifestação, materialização de seu eterno propósito, do seu poder criador, somos sua obra-prima, mas para a glória Dele. Viver pela graça, pela dádiva e pelo favor de um ser assim é muito fácil, desde que Ele ainda tenha o controle. Toda essa liberdade desperta, em mim pelo menos, tomara que não em você, um sentimento de que agora  tudo é liberado, tudo é permitido e de que tudo é conveniente. No reino dEle, tudo que Ele quer que façamos, e tudo que ele faz através de nós é gracioso. Viver no reino de Deus é aprender a se alegrar com o que Ele se alegra, desejar o que Ele deseja. Se não fosse assim, imagine a desordem que seria: todos cheios de dons, de bênçãos e de favores do Rei, para viver suas próprias vidas, seus próprios objetivos e interesses. É exatamente por isso que os reinos, organizações, associações, empresas e até igrejas no mundo não duram muito tempo, pois cada um procura o seu objetivo, cada um trabalha para si tentando tirar proveito da energia e da força do grupo. Mas se eu vejo que o grupo em que estou se torna fraco em relação a outro, então eu busco o grupo mais forte, mas não com o interesse de ajudar o grupo, e sim para que o grupo me ajude. Percebeu como nós saímos do Reino de Deus onde tudo são flores, para um estado de guerra? Isso ocorre porque um veneno chamado pecado foi injetado em nós. E a primeira e maior área de nossa vida que este veneno infectou foi o nosso Eu. Tudo na vida do homem é o seu Eu. Numa sociedade que pensa assim se não houver lei o caos se instala antes de nascer o terceiro filho, o mais velho mata o mais novo por ciúme e sentimento de rejeição.
Deus planejou um estado de graça para o Seu reino, mas tendo em vista o desejo insaciável do homem de deleite próprio, Ele foi obrigado a estabelecer leis que limitassem esse nosso EU incontrolável. As leis são muito importantes para um reino. Elas definem não só o que pode ou que não pode ser feito, mas a  observação detalhada do objetivo de cada um dos artigos da lei revela o caráter e o desejo de quem a criou. Alguém só estabelece uma ordem em seus domínios de acordo com o que é, e isso revela o que deseja. O que somos revela o que desejamos, e isso nos define em essência. Portanto as leis de Deus revelam o que ele deseja para nós, que é fruto do seu “Éismo”.
Enfim, fazer o que Deus quer é graça. Então vou trabalhar, me esforçar e dar tudo de mim para fazer o que Deus quer para que Ele me note e me abençoe. Se for para isso, então estou voltando a um objetivo pessoal. Não, tenho como tentar fazer o que Deus quer, a menos que Ele tire os meus objetivos pessoais, e me faça querer o que Ele quer. Ai você pode pensar: Assim eu teria que morrer e deixar ele viver em mim, deixar ele existir em mim, deixar que a vida Dele regesse a minha. Bingo!! Você chegou onde Deus te deseja: rendido, dependente, impotente e falido de suas capacidades e objetivos pessoais para que Seu Filho Jesus Cristo possa fazer tudo em você. Admitir esse estado é difícil para alguém tão especial, tão único e tão habilidoso e versátil. Eu sempre me achei rápido no aprender, justo no tratar, amável como todos, disponível a ajudar a qualquer um, mas sempre com o objetivo de ser notado, não por alguns, mas por todos, inclusive por Deus. Quando Deus vem e tira esse objetivo de vida da minha frente eu consigo enxergar um horizonte amplo de coisas que eu estava deixando de ver olhando só pro meu umbigo. É como uma criança na praia muito preocupada com a onda para não destruir o seu castelinho de areia, de repente, levanta os olhos e vê o horizonte, o mar, o sol, a praia, as pessoas, os navios, os barcos, os guarda-sóis, as crianças brincando, as pipas no vento, o carrinho de sorvete... percebe o que ela estava perdendo?
Viver com Deus está errado. O certo é viver Deus, viver a vida dele, o que ele É, e consequentemente o que Ele planejou pra mim. O fato de eu ser único, ser especial, ser habilidoso e versátil tem um objetivo e não foi criado sem motivo. Não fui criado assim para mim mesmo, mas para Ele. Deus criou cada uma das coisas conforme a sua graça.
Devocional – 04/08/2012

quarta-feira, maio 02, 2012

O pavil que fumega

Isaías 42
"1. Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios.
2. Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.
3. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça.
4. Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas aguardarão a sua lei."

Este é o Cristo verdadeiro, não apenas aquele em quem creio, pois isso seria muito pouco para defini-lo, apenas a minha fé é pequena demais para tanto.

Crer nEle é uma opção, reverenciá-lo uma decisão, obedecê-lo um desafio, resisti-lo impossível.

Escolha qual será tua posição.